segunda-feira, 12 de maio de 2008

A minha mulher e os classicos


Outro dia ao ler o apelo na revista topos e clássicos sobre a crónica feminina, senti que esta era uma boa oportunidade de agradecer à minha esposa toda a paciência que tem tido comigo nesta coisa dos clássicos.Antes de começar a escrever perguntei-lhe, o que era para ela estar casada com um apaixonado por carros antigos (Confesso que cheguei a temer a resposta)?Para meu espanto…-Não é mau! Irrita-me que prefiras gastar dinheiro numa peça qualquer em vez de um bom par de sapatos, mas até gosto dos passeios…O meu gosto pelos clássicos remonta no tempo, talvez até à infância em que em vez de pedir ao meu pai para comprar os vulgares carrinhos em miniatura, pedia para comprar as miniaturas dos chamados “calhambeques”. Embora pareça estranho, esta minha paixão vai até aos dias de hoje.Quando comecei a namorar a minha esposa, rapidamente ela verificou que o seu namorado era um “bocadinho” diferente dos namorados das amigas…O futebol não fazia parte dos assuntos, porem sempre que passava um carro mais antigo o brilho nos olhos fazia logo adivinhar minutos (Sim! Minutos, porque o tempo para namorar é sempre escasso) de história sobre o modelo ou a marca.Sempre com a paciência própria de quem ama, lá ia ouvindo as histórias sempre com ar de quem está interessada.O tempo foi passando e o namoro passou a casamento. Em Setembro de 2000 passamos a ser marido e mulher.Em Setembro de 2000 fiz-me sócio do primeiro clube de automóveis antigos com a minha carrinha Fiat 128.Nesta altura a minha Isabelinha (diminutivo carinhoso de Isabel.)Viu-se envolvida sem querer neste mundo dos clássicos.Os passeios passaram a ser uma constante e as aventuras de carros antigos tornaram-se uma realidade a assumir.(Tirada num passeio ao Alentejo)Passado pouco tempo comprei outro 128 da primeira série para restauro e como o carro do dia a dia (Um velho alfa Romeu) já começava a ser também ele um clássico lá se decidiu que também ficava na família…Os restauros, as horas infindáveis na garagem, mãos sujas de óleo, reparações constantes de carros”Velhos”, esta e outra peça que faz falta… enfim toda esta realidade passou a habitar paredes-meias connosco.Entre outros, recordo um passeio no qual a Isabelinha depois de sair do trabalho de madrugada, (Tanto ela como eu trabalhamos por turnos) se deslocou comigo, 317 km até ao Luso para um encontro de Fiats. Para mim foi uma aventura e tanto pois é sempre agradável o contacto com outros apaixonados.Para ela… Enfim! A paisagem do Buçaco vale sempre a pena ver… Não é?Enfim… Hoje em dia é muitas vezes ela que me diz: olha está ali um carro antigo. É um Fiat não é?Neste momento mora na garagem um alfa Romeu sprint e dois Fiats 128 alem dos veículos do dia a dia.Nada disto seria possível se não fosse o apoio (E a paciência…Reconheço!) da minha querida Isabelinha.

2 comentários:

diogo disse...

e que sorte o meu amigo tem .
estime-a bem , como ela não haverá muitas . gostei do blog . um abraço

impulsos disse...

Conheço aquela menina ali da foto, desde que ela nasceu...
Mas não te sabia apaixonado por carros antigos.
Agora lembrei-me de que temos um conterrâneo com a mesma paixão.
É filho dos meus padrinhos de casamento, que por acaso até são das Luadas. Fernando Maria e Graciete Estrela, não sei se conheces.
O rapaz chama-se Paulo Maria e há uns três ou quatro anos atrás participou numa louca aventura de ir até à Russia, junto com um amigo e jornalista, num velhinho "mini", com o apoio da rádio comercial.
Como podes ver aqui neste link:

http://miniaventura.blogspot.com/